quarta-feira, maio 16, 2012

Sobre árvores, dinossauros, game-boys e all-stars

Então, milênios sem postar nada aqui, e duvido que alguém esteja lendo as postagens anteriores em "loop", portanto eu duvido que alguém leia isso, mas eu vou escrever assim mesmo, já que resolvi fazer desse blog uma extensão da minha memória...

   Existem pessoas que atravessam a barreira do "algum rosto na multidão" com uma certa facilidade, algumas que simplesmente vão continuar lá, sem nunca se tornarem especiais para você, e existem pessoas encantadas (ou encantadoras, vai saber...). Hoje eu vou falar sobre as do terceiro tipo.
   Recentemente, me deparei com uma menina, é, menina. Eu poderia dizer uma mulher, mas isso ia colocar um tipo de "seriedade" e "maturidade" que eu considero nocivo à ideia que eu tenho de como ela seria. Ela gosta de um monte de coisas estranhas, e é estranha. Quer dizer: é o tipo que a maioria das pessoas considera estranho, e eu gosto disso. Eu sou estranho, estranho e monótono, eu acho. Bom, ela não acha (ao que me parece) e tem teorias estranhas sobre coisas. Eu tenho teorias estranhas sobre coisas, eu gosto disso.
  Hoje eu descobri que há uma paineira na saída leste da faculdade. Eu passo pela saída leste todos os dias, e nunca tinha notado. Pois é: hoje eu notei. E ela está florida, é lindo! (vide imagem que ilustra o post) e eu tive que ir lá perto pra conferir algumas coisas: sim, paineiras são cobertas de espinhos e sim, essa tem o tronco verdinho! Só pode ser um dinossauro: verde e com espinhos!
  Também existe a questão do game-boy. Sempre quis ter uma geladeira decorada como se fosse um game-boy. Agora eu posso ter minha própria geladeira. Ela será decorada com um grande adesivo de game-boy, num momento ou outro. 
   Quando era adolescente meus pés tinham apenas dois estados possíveis: descalços ou usando all-star. Sempre gostei de all-star, nem sei pq eu parei de usar. Ah, lembrei: é pq era pouco "adulto". Foi na época em que eu comecei a dar aulas, e parecer sério era meio que uma necessidade... Só que essa menina que eu citei aí quebrou algumas convicções que eu tinha, e eu percebi que "seriedade", "maturidade" e outros "dades" por aí, são uma questão de ponto de vista. Eu não quero me tornar nada que eu não goste. Isso já aconteceu, e virar o jogo é difícil como pouca coisa que eu já vi na vida.
  Bom, como dá pra perceber, essa menina tá se tornando especial pra mim, e numa velocidade que eu sinceramente acho incrível. Isso pode ser porque eu resolvi baixar a guarda pra ela, ou pq ela decidiu que muros altos não são mesmo a melhor opção. O que me vem como certeza esses dias é: "Sim, ainda existem pessoas encantadoras nesse mundinho cinza onde eu tenho vivido. Ao menos uma eu tenho certeza de que existe."

Nenhum comentário:

Postar um comentário